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Na formatação do Governo Bolsonaro a participação de militares, do Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar, tem sido significativa. Entretanto, não se pode qualificar seu Governo como Militar. Sem sombras de dúvidas, que a participação dos militares tem sido uma forma de blindagem, haja vista suas fraquezas políticas, seu isolamento social e econômico, sua gestão administrativa desastrosa frente à pandemia, as ausências de Políticas Públicas, isolamento internacional e, sobretudo, um governo sem um rumo e clareza de objetivos e metas, a curto, médio e longo prazos. Bolsonaro toma decisões de idas e vindas, em função dos acontecimentos e não planejamento governamental. Sempre a reboque dos fatos. Exemplo atual, é sua reação face aos aumentos de preços dos combustíveis de derivados de petróleo. Obviamente que não é a Petrobrás que estabelece os preços, há no horizonte econômico uma força muito maior, que é o Mercado, a Lei da Oferta e Demanda, a Política Cambial, tampouco se pode esquecer o fato de que Petróleo é uma Commodity, com seus preços definidos no Mercado Internacional. Desde Outubro de 1973, que o mundo aprendeu com a primeira Crise Mundial do Petróleo, que é desse modo que se deve administrar. Aliás, o Governo Militar de Ernesto Geisel soube enfrentar com extraordinária competência a gestão da crise energética de derivados do Petróleo, fortalecendo a Petrobrás e por consequência, a Economia Brasileira. Bolsonaro faz exatamente o contrário: enfraquece a Petrobrás e teremos, indubitavelmente, o enfraquecimento da Economia Brasileira a curto prazo. Nunca é demais lembrar a política da ex-Presidente Dilma em relação à Petrobrás: enfraqueceu tanto quanto pôde e o resultado é conhecido, detonando com seu governo. A verdade é que vivemos uma crise de valores e de pessoas, tendo em vista que tivemos no século XX, numerosos militares, muitos dos quais Marechais, de alto gabarito, oriundos do Movimento Tenentista: Siqueira Campos, Isidoro Dias Lopes, Cordeiro de Farias, Juarez Távora, Góes Monteiro, Gaspar Dutra, Henrique Lott, Juracy Magalhães, Castelo Branco, Orlando Geisel, Ernesto Geisel, e tantos outros. Hoje não temos militares como outrora. Da mesma forma, que não temos políticos como o Brasil já teve em outros tempos. Queiram ou não, os governos militares tiveram Planejamento: como foram os casos dos Planos Nacionais de Desenvolvimento I (1972 / 1974) e II (1975/1979), e antes, do Plano de Ação Econômica de Governo (1964/1967). O que contrasta totalmente com o Governo Bolsonaro. Portanto, o Governo Bolsonaro não é um governo militar

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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