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Como o Brasil regrediu de 1974 a 2021. De Presidente Geisel a Presidente Bolsonaro. A rigor, nunca soubemos do Presidente Geisel proteger sua filha Amália, aliás, nunca a protegeria ; enquanto Bolsonaro protege como ninguém seus filhos, Flávio, Eduardo, Carlos e Renan, porque precisa protegê-los. Contudo, este artigo é para relatar como um Governo Militar enfrentou com competência uma pandemia que começou em 1971 (Governo Médici) e continuou em 1974: Meningite Meningogócica.Naqueles tempos, o Hospital Emílio Ribas tinha 300 leitos para tratar de casos de doenças infecciosas, o maior do Brasil. A meningite atingiu 200 casos para 100.000 habitantes. Um assombro. Diferentemente de Bolsonaro, Geisel nomeou a Comissão Nacional de Combate à Meningite, e este decidiu fechar escolas, eventos foram cancelados, como os Jogos Panamericanos de 1975, que seriam realizados em São Paulo, hospitais ficaram lotados. A bem da verdade, mais de 26 unidades hospitalares foram designadas para atender prioritariamente a Meningite. Para enfrentar tamanho problema nacional, Geisel nomeou para Ministro da Saúde, e deu "carta branca" para o médico Sanitarista Paulo de Almeida Machado, que corajosamente admitiu a epidemia, dos riscos e das medidas de higiene. Em 1974, fez um acordo com o Instituto francês Pasteur Meriex, e importou 80 milhões de doses. Em 1975, Geisel e Paulo de Almeida, montaram a Campanha Nacional contra a Meningite Meningogócica. Em 1976, criou o Sistema Nacional de Saúde ( hoje SUS ), bem como a Vigilância Epidemiológica. Por conta desse acordo, foi criada na FIOCRUZ, a Fábrica de Fármaco, hoje a Bio-Manguinhos. Diferentemente dos tempos de Bolsonaro, em 4 dias, mais de 9 milhões de brasileiros foram vacinados na Grande São Paulo, foco da doença. Como é possível que, mais de 40 anos depois, o Brasil que era presidido por um General e agora é presidido por um Capitão, não consegue fazer o que se fazia antes ? Será porque, como já disse Geisel em entrevista para a CPDOC/FGV, Bolsonaro foi um mau militar? Geisel não ficava confrontando seu Ministro da Saúde, dava total apoio e buscava soluções científicas e estratégicas. Consta que Geisel concedeu menos audiências para seu Ministro da Saúde, que aos demais Ministros, porque o Ministro Paulo tinha autonomia total. Hoje Bolsonaro não apoia seu Ministro, não apoia o Plano Nacional de Imunização, não providenciou em 2020 a compra de vacinas que teriam evitadas milhares de mortes. Enfim, incompetência total.

Paineira Tupã

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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