HUM TUPÃ

Cada vez mais a crise energética se mostra previsível: a falta de chuvas no sudeste diminui a oferta de águas nos reservatórios e energia hidrelétrica daí decorrente. Embora a matriz energética brasileira seja de 73,65% de fontes renováveis e o mundo seja de 14,1% e 26,35% de fontes não renováveis e o mundo seja de 85,9%, poderíamos estar num patamar muito melhor, caso aproveitássemos nossas riquezas naturais.

Fonte: ONS e ANEEL
Fonte: ONS e ANEEL
De fato, embora seja renovável, a fonte hidrelétrica é perigosamente majoritária, pois basta um fenômeno climático desfavorável, como um período de poucas chuvas em locais estratégicos e em épocas de Primavera e Verão, que literalmente acende a luz amarela e vermelha no conflito oferta x demanda de energia elétrica, que além de impor tarifas mais custosas aos consumidores produtivos e finais, provoca o risco de causar racionamento e apagão energético. Obviamente que o Brasil deve investir em fontes renováveis, por razões ambientais e econômicas, contudo, pode acelerar a substituição da dependência hidrelétrica para a eólica e solar, que exigem menos impactos sociais, econômicos e de preservação ambiental. Basta observar no quadro acima, que tanto a fonte solar quanto a eólica ainda pouco representam no total das fontes energéticas. Havendo possibilidades significativas de elevar investimentos nesses dois segmentos, tendo em vista que as dimensões continentais geográficas brasileiras e os climas tropical e equatorial permitem alçar crescimentos extraordinários e diminuir nossas dependências às variações climáticas e ficar suscetíveis ao sobe e desce do PIB. Imaginem se não estivéssemos em pandemia sanitária, que reduziu consideravelmente o consumo de energia elétrica, o quanto estaríamos sujeitos ao racionamento ou, até mesmo, apagão de oferta de energia. Há, sem sombras de dúvidas, meios do setor privado investir em energia eólica e solar, melhorando a oferta energética renovável, gerar emprego de mão-de-obra, arrecadação de tributos e renda aos brasileiros. É preciso planejamento estratégico governamental.

Colunista Roberto Kawasaki

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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