Paineira Tupã

Na campanha eleitoral federal de 2018 foram gastos pelos Partidos Políticos cerca de R$ 1,7 bilhão, algo elevado para o padrão de desenvolvimento do Brasil e condenável face às enormes carências vividas pela grande maioria da população. Já para a campanha eleitoral municipal de 2020 foram gastos R$ 2 bilhões, um acréscimo de mais de 17%, muito acima de quaisquer parâmetros inflacionários. Agora, para a campanha eleitoral federal de 2022, o Congresso Nacional propõe o "irrisório" montante de R$ 5,7 bilhões. Simplesmente um aumento imoral da ordem de 185%. Contudo, nos bastidores, esse valor foi postado para gerar uma negociação, contando com o veto de Bolsonaro, para chegar a um patamar de R$ 4 bilhões. Mesmo assim, seria um valor 100% superior aos gastos de 2020. Também simplesmente inaceitável. Em plena pandemia, com enormes problemas econômicos enfrentados pela sociedade brasileira, com crise social como pouco se viu, com cerca de 50 milhões de brasileiros vivendo no desemprego ou subemprego, significando 50% da população economicamente ativa brasileira, e querem gastar R$ 5,7 bilhões, ou quem sabe, R$ 4 bilhões. Escárnio ou deboche? O Brasil há muito tempo estourou o teto de gastos, cujo pagamento será feito pela sociedade brasileira, que terá enormes cortes no Orçamento Público Federal, Estaduais e Municipais. O déficit público brasileiro em 2020 foi da ordem de R$ 703 bilhões, já a dívida pública interna foi no trágico valor de R$ 4 trilhões e 680 bilhões. Afinal de contas, o que são R$ 4 bilhões ou 5,7 bilhões comparado com o déficit ou dívida ? Uma ninharia, não? Responda rápido, você é favorável ao financiamento eleitoral público ou privado ? Qual é melhor, ou o menos pior? Há que se ter uma ampla reforma partidária e política, a começar pela exigência de somente permitir que se candidatem a cargos públicos, quem não tenha condenações e também não tenha incriminações ou esteja sendo julgado pela Justiça. Que tal seria? É preciso que se afaste políticos desqualificados e se possa atrair pessoas honestas, devidamente preparadas para assumir cargos e encargos públicos. Que bom seria, hein?

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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