Fadinha, um exemplo
06/08/2021
Em tempos de pandemia, os Jogos Olímpicos nos trouxeram algumas alegrias, ainda que muitas frustrações de derrotas.
Em tempos de pandemia, os Jogos Olímpicos nos trouxeram algumas alegrias, ainda que muitas frustrações de derrotas: o admirável desempenho da fadinha Rayssa Leal nas pistas de skate de Tokyo. Com apenas 13 anos, com desenvoltura, leveza e extrema capacidade, conseguiu a medalha de prata. Perdeu para a japonesa Momiji Nishiya, também de 13 anos, por pouquíssima diferença. Aliás, vencia a medalha de ouro quase até no final, mas por forças da familiaridade do local da competição, fez com que Nishiya conseguisse superá-la. Numa localidade neutra, sem dúvida que seria diferente. Contudo, isso não importa. Importa que a fadinha nos enche de orgulho, de alegrias, de emoção, por realizar sonhos, por lutar pela glória, por traduzir competência, isso tudo com somente 13 anos. Como uma menina/adolescente, consegue aos 13 anos, transparecer tanta destreza, conhecimento, simpatia, alegria, espontaneidade, inteligência, tranquilidade que nos emociona. Como também emocionou todo o Brasil e o mundo, assim como as notícias estampadas no New York Times, Washington Post, bem como as manifestações no nosso Rei Pelé. Simplesmente espetacular. Isso tudo trazido pela Rayssa Leal, numa competição nova, que é o Skate, nos Jogos Olímpicos de Tokyo. Servindo de exemplo a todos os adultos e adultas que compõem a delegação brasileira na capital japonesa. Junto com as colegas skatistas japonesas compondo o pódio, considerando a medalha de bronze Funa Nakayama de somente 16 anos, deram exemplar ratificação do que é possível as conquistas dessas crianças/adolescentes num terreno que sempre foi dos adultos e adultas, no ápice de suas carreiras e sempre traduzindo o que há de melhor no mundo, em termos de Tecnologia, em Ciência do Esporte, em Ciências Médicas, em Ciências Físicas, em Ciências das diversas Engenharias, em Ciência da Arquitetura, enfim, como dizem os franceses Crème de La Crème. A fadinha nos ensina que é possível sim, alguém de Imperatriz do Maranhão, do Brasil, país do Terceiro Mundo, aspirar ser o melhor dentre os melhores num dos topos do mundo, que é a megalópole Tokyo. Claro que a fadinha é uma exceção num país que não tem a Cultura da Competitividade, do reconhecimento da Educação de qualidade, do investimento no Esporte de Desempenho, de prioridade óbvia em Saúde Pública, que não tem ainda uma Política Nacional de Esporte, aliada em Educação e Saúde, como verdadeiras bandeiras do povo, que traduzem o grau de Desenvolvimento de uma nação. Basta olhar para o quadro de medalhas, para constatar que os países desenvolvidos dominam as primeiras posições, os que estão, como me expressei, no topo do mundo. O Brasil precisa priorizar a Cultura da Competitividade, em estabelecer o legado do Esporte/Educação/Saúde como um eixo, um princípio. Enquanto o Brasil não estiver também no topo do quadro de medalhas, não seremos uma nação desenvolvida.
Colunista
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