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Depois de uma discussão na Câmara dos Deputados que sequer deveria ter acontecido, a PEC que debatia o voto impresso foi derrotada, pois obteve 229 votos favoráveis, com 218 votos contrários, 1 abstenção e do Presidente que não votou pelo art. 17 do regimento da Câmara Federal. E outros tantos 64 Deputados Federais que sequer compareceram, ainda que pudessem votar pelo smartphone, onde eles estivessem. Ou seja, foram somente 44% dos votos que desejavam reverter os avanços do voto eletrônico, ou ainda, 56% que são contrários ao voto impresso. Votação mais do que eloquente. Significa dizer que o Presidente Bolsonaro não tem a maioria dos votos, sequer tem os votos do PP e PL, partidos do Centrão... Dilma também não tinha... A grande questão é que o Brasil tem que debater assuntos mais prioritários e urgentes, do que discutir "voto impresso", que é um avanço tecnológico de 1995 e com a criação conjunta do CTA-Centro Técnico Aeroespacial e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, isto é, foi uma criação de setores militares do Brasil. Conquanto o Congresso fica discutindo assuntos que sequer deveriam estar na pauta do Legislativo Federal, porque o voto eletrônico veio para ficar e ponto final, temas como a reforma tributária, reforma administrativa, reforma do Estado, reforma fiscal, reforma financeira, reforma do mercado de capitais, reforma tecnológica, reforma industrial, reforma habitacional, reforma urbana e tantas outras, ou estão em ritmo lento ou não estão na pauta... Lamentável e irrecuperável. As reformas são tão necessárias, nesses tempos de mudanças de padrões e paradigmas, que grandes problemas, como a questão de Saúde Pública, de problemas ambientais, de empobrecimento da população, de desemprego, de jovens da geração "nem nem", de violência urbana, de inflação, que nos causam angústia e desalento. Vejam que enquanto isso, a China e os EUA estão fazendo grandes mudanças para adequar seus países aos novos tempos de desafios ambientais, de crescimento econômico, de novas tecnologias, de mudanças urbanas, de novos enfrentamentos contra epidemias que possam surgir, de inclusões sociais, de combate a negacionismos, de estímulos a novos desenvolvimentos científicos, de avanços educacionais. Afinal de contas, que propostas nossos governantes têm? Obviamente que somente eleitorais.

Colunista

HUM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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