Tenho aqui, neste espaço cedido pelo editor e contando com a paciência do leitor e leitora, escrito sobre a falta de governabilidade federal e dos constantes embates entre o Presidente Bolsonaro e os poderes legislativo e judiciário federais. A bem da verdade, já se foram 32 meses do mandato de Bolsonaro que se encerra em 2022, portanto 2/3, contudo, não há mais perspectivas de que o país possa sair com celeridade e inteligência dos efeitos devastadores da pandemia. É dessa forma que os agentes econômicos fundamentais do Brasil entendem.
Haja vista que a FEBRABAN-Federação Brasileira de Bancos, a FIESP-Federação das Indústrias do Estado de São Paulo- a principal organização industrial do país- e várias entidades nacionais que representam o agronegócio, se mobilizam para expressar seus descontentamentos quanto aos desacertos da política econômica brasileira, ou até mesmo, à ausência de uma política econômica consistente. A paciência da Economia Brasileira se esgotou. Se não bastassem as imensas dificuldades vividas pela imensa maioria da população brasileira, que sentem o custo de vida disparar, a inflação subir, o preço do botijão de gás ficar inacessível, a tarifa de energia elétrica disparar, bem como os preços dos alimentos básicos.
Todos sabem que num regime democrático, de pesos e contrapesos, os poderes de uma República, Executivo, Legislativo e Judiciário, convivem harmoniosamente e de forma independente. Deveria ser assim também no Brasil, como é em qualquer país civilizado. É condição fundamental para que os investidores possam encontrar ambiente sereno e dê respaldo a que os retornos de imobilização de capital possam surtir efeitos positivos. Infelizmente, não é o que acontece hoje no Brasil. Ao invés disso, o Presidente Bolsonaro fica constantemente em conflito com os poderes Judiciário e Legislativo, jogando para sua platéia, andando de moto, por vezes em horário de trabalho, mormente sem máscaras e promovendo aglomerações.
Por isso é que entidades representativas da Economia Brasileira demonstram sua insatisfação. Num primeiro momento, as conversas e avaliações foram dentro de suas empresas, nas entidades. Contudo, após esperar exaustivamente providências emanadas da Presidência da República para buscar o diálogo e entendimento com os outros poderes, os responsáveis pelo PIB se cansaram e externaram suas frustrações, decepções e discordâncias. Todos sabem que 2021 não está sendo o que poderia ser, e o que é pior, 2022 também será um ano muito difícil, de baixas perspectivas econômicas.
É esperar as eleições no ano que vem.
Roberto Kawasaki
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