Paineira Tupã

A humanidade já vive inúmeros problemas em pleno terceiro milênio, luta ardorosamente tentando combatê-los, alguns com sucesso e outros nem tanto. Contudo, alguns são inesperados, como a Covid-19, e outros são evitáveis, como a guerra promovida pela Rússia. De qualquer forma, a criminosa e desumana invasão promovida pela Rússia contra o povo da Ucrânia, chama a atenção de todos, porque envolve países que estão no berço da civilização ocidental e também porque impactam produtos altamente econômicos para a humanidade. Não nos esqueçamos de que outras guerras ocorrem neste exato momento, mas que não despertam tanta indignação, pois não estão inseridos no contexto de bens econômicos relevantes. Com o mundo globalizado, com altas tecnologias de informação disponíveis, com meios de comunicação 24 horas no ar, com jornalismo de guerra de primeiríssima qualidade, estamos todos nós muito bem informados. Ainda bem. Não adianta alguns tentarem disseminar notícias falsas. Basta ficar atento quanto à Procedência das notícias. Quero, entretanto, lembrar a todos que a História da Humanidade já provou inúmeras vezes, que os invasores sempre são derrotados, mesmo que as nações invadidas sejam pobres. Vietnã, Afeganistão, Iraque, Síria, etc. É impossível o soldado invasor ficar 24 horas, 365 dias por ano, durante anos alerta. Em algum momento, quem teve seu lar invadido, irá desferir reação vitoriosa e expulsará o oponente invasor. Portanto, a longo prazo, Putin, perdeu a guerra. Talvez, esteja vencendo batalhas. Putin não esperava a reação do povo da Ucrânia. Tampouco esperava a reação mundial. No século XXI, a guerra não ocorre no campo militar apenas. Outras instâncias são tão ou mais importantes: a guerra da informação, campo diplomático, política, econômica, esportiva, financeira, ideológica, logística, administrativa, e sobretudo social e cultural. No meio da pandemia da Covid-19, com a sociedade mundial sofrendo os efeitos sanitários devastadores, Putin não esperava reação coletiva mundial contra ele e à Rússia, que desejam o retorno da guerra fria, com protagonismo que deixou de ter desde 1989. Quer porque quer, dizer a toda sociedade mundial, que a bipolaridade EUA x China é incorreta. A Rússia é protagonista. Será? Dessa maneira? Já temos problemas demais, com questões da desigualdade social se agravando, com o empobrecimento das pessoas de todo o mundo, com doenças novas surgindo e matando pessoas inocentes, com tecnologias que aumentam o fosso social entre sociedades, classes sociais e pessoas. Com problemas ambientais gravíssimos, desastres naturais cada vez mais frequentes e Putin, simplesmente invade um país e promove irreversíveis danos que não poderiam sequer existir. Há uma única direção: diálogo, flexibilidade, diplomacia, negociação, ajuste, paz, harmonia e tolerância.

Paineira Tupã

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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