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Taxa de Juros SELIC a 12,75% ao ano, a maior desde Fevereiro de 2017. O Copom do Banco Central definiu para esta segunda quinzena de Maio e a primeira quinzena de Junho, a taxa de 12,75%, subindo de 11,75% que era a taxa que vigorava até o dia 06 de Maio, configurando a décima subida consecutiva, desde que houve o aumento da inflação. De fato, o custo de vida e a inflação que voltaram a atormentar a renda dos brasileiros e brasileiras, desde o início do Governo Bolsonaro a inflação disparou. Em 2019, o IPCA, índice oficial da inflação brasileira, foi da ordem de 4,31%, já em 2020, subiu para 4,52%. Contudo, em 2021, a inflação disparou para 10,67%. Tendo em vista a prévia para a inflação de Abril para um patamar de 1,73%, exigiu por parte do Copom, a medida tradicional de subir a taxa SELIC para conter as disparadas de preços, através da contenção do consumo e com isso, reequilibrar a relação oferta/consumo, principalmente porque há problemas dramáticos na oferta de matérias-primas, insumos, peças, componentes para as produções de mercadorias. É uma medida impopular, mas necessária a curto prazo, dada a incapacidade de elevar as ofertas de mercadorias a curto prazo, e com isso, atender os patamares de consumo, causando o que chamamos de inflação de demanda. Ainda que tenhamos também, a inflação de custos. Obviamente que a subida da taxa SELIC provoca um efeito cascata sobre todas as demais taxas de juros, impactando negativamente nas vendas a prazo, elevando os custos de produção, e infelizmente, desmoronando quaisquer esperanças de gerar crescimento econômico em 2022. Pois teremos menos renda, menos consumo, menos produção, menos emprego e menos arrecadação de tributos. A situação poderia estar menos ruim, caso o Presidente Bolsonaro não ficasse criando a todo momento, um ambiente negativo no mercado, gerando conflitos, trazendo problemas para a gestão pública. Ao fomentar brigas com o Congresso Nacional e com o Supremo Tribunal Federal, não gera facilidades para aprovar Projetos de Lei que possam trazer melhorias para a Economia Brasileira e para a sofrida população brasileira. Fica fazendo graças para seu eleitorado ideológico. É lamentável e irresponsável.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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