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Observar a gestão da Petrobrás é possível analisar a conduta governamental no comando do Brasil. Pelo menos nos últimos governos é interessante verificar a filosofia da gestão pública da maior empresa brasileira revelando o modus operandi do Governo Federal. O Governo Temer procurou conduzir a Petrobrás de forma profissional, no sentido de recuperá-la, tendo em vista a desastrosa administração petista, que além de controlar artificialmente os preços dos derivados, para obter dividendo políticos e eleitorais, gerou um rombo financeiro como nunca ocorreu na História da empresa criada por Getúlio Vargas. Obviamente que nunca se deve esquecer do Petrolão, esquema de corrupção gigantesco petista. De fato, a Petrobrás foi utilizada escandalosamente para financiar políticos, empresários, dirigentes partidários, sob o manto de financiamento de campanhas políticas, mas que revelava, na verdade, um meio de subtrair dinheiro da Petrobrás para enriquecimento pessoal e familiar. De outro lado, a gestão de Bolsonaro foi inicialmente com intenção profissional com a gestão do economista Roberto Campos Neto, que conseguiu traduzir a gestão com sucesso, trazendo a Petrobrás para a total recuperação econômica e financeira. Haja vista as demonstrações contábeis extremamente positivas perante o mercado, com a valorização das ações da Petrobrás nas Bolsas de Valores e gerando pagamento de excelentes dividendo e bonificações aos acionistas e ao próprio governo. Contudo, Bolsonaro, desconhecendo o estatuto da empresa, procurou interferir na gestão profissional de Campos Neto, querendo controlar os preços de derivados do petróleo. Demitiu Campos Neto e colocou no seu lugar, o General Joaquim Luna e Silva para comandar a Petrobrás, um militar no lugar de economista. Para surpresa geral, o General soube administrar a Petrobrás com rara racionalidade e gerou serenidade no mercado. No entanto, como não aceitou as ingerências de Bolsonaro para controlar os preços dos derivados, foi demitido. Bolsonaro nomeou no seu lugar o químico José Mauro Coelho, que já disse da necessidade de fazer uma gestão profissional... A questão é saber, quanto tempo ficará no cargo. Aliás, tem sido característica de Bolsonaro interferir nos postos chaves do governo federal, mudando os comandos ao seu interesse eleitoral tão somente. A verdade dos fatos é que tanto o PT de Lula e Dilma quanto Bolsonaro entendem a visão populista e demagógica da gestão da empresa visando tão somente os fins eleitorais. Para isso, é preciso alterar o estatuto da Petrobrás. O Brasil necessita de gestão profissional e não populista. É pedir demais ?

Paineira Tupã

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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