Paineira Tupã

Por diversas ocasiões, o Presidente Bolsonaro tem pautado suas manifestações enaltecendo a liberdade. Liberdade de ir e vir, de se expressar, de postar informações nas redes sociais, enfim, o Direito à liberdade plena do cidadão, ainda que possa afrontar os Direitos Sociais, Públicos e Coletivos e até mesmo os Deveres Sociais, Públicos e Coletivos. E os Deveres Individuais para com a sociedade, vem depois dos Direitos Individuais? A civilização humana, ao longo dos milênios, moldando a Educação, Cultura, Filosofia, Moral e Ética, evolui gradativamente, ainda que com sérios percalços. Como a Guerra causada pela Rússia, dando continuidade à sua histórica e continuada política de invasões às nações estrangeiras. Nesse contexto, os Direitos Individuais, como a liberdade e suas várias facetas, deve vir acompanhado dos Deveres Individuais e Sociais. O equilíbrio está entre Deveres e Direitos. Inclusive Direitos Individuais de um terminam quando invadem Direitos Individuais do outro. Assim se faz a manutenção da civilização humana. Não poderia ser diferente. Bolsonaro entende diferente. Veja, por exemplo, a defesa enfática e permanente que Bolsonaro faz do Direito Individual da pessoa humana portar armas. Uma defesa absurda. Obviamente que quanto mais armas circularem na sociedade, mais armada fica a população e aumenta a possibilidade de ocorrer crimes com origem na arma de fogo. É o que ocorre nos EUA, onde o porte de armas é facilitada, em nome da liberdade individual. Também é nos EUA, o país em que é comum atiradores, portando arma de fogo, invadirem escolas, igrejas, creches e causarem mortes de inocentes. No entanto, muito diferente do que ocorre no Japão, onde houve o desarmamento populacional ainda no século XVI, na época do xogunato Tokugawa. Culminando na época do Imperador Meiji, tataravô do atual Imperador Naruhito, que promoveu o fim dos samurais e do feudalismo, trazendo o Japão para a modernidade. Assim, portar armas de fogo no Japão é proibitivo, com enormes exigências e dificuldades. Quem pode portar armas de fogo são os policiais, tão somente. Ao invés de promover o desarmamento, o que condiz com o processo de civilização da sociedade brasileira, o Presidente Bolsonaro prefere estimular o armamento, em nome da liberdade. É retroceder no tempo. Aliás, Bolsonaro foi quem combateu o uso de radares nas rodovias e promoveu elevar a velocidade máxima nas rodovias, tudo em nome da liberdade. Mais um erro. Deve-se utilizar mais radares e reduzir a velocidade máxima nas rodovias, para combater os inaceitáveis acidentes de trânsito e mortes que o Brasil ostenta pela falta de Educação de nossos motoristas. É bom lembrar que o Brasil é um campeão mundial de mortes por acidentes de trânsito. Mais um exemplo de que o Direito de ir e vir individual, deve ser controlada pelo Dever de cumprir com as leis de trânsito mais rigorosas. Liberdade com Deveres, Presidente Bolsonaro !

Paineira Tupã

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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