O quadro político se afunila com a desistência de João Dória como candidato a candidato ao cargo de Presidente da República. Na chamada terceira via, restam a Senadora Simone Tebet e Ex-Governador Ciro Gomes.
Há outros com menos chances eleitorais e com candidaturas fictícias. A polarização entre as candidaturas Lula e
Bolsonaro, ambos populistas e demagógicos, com tendências autoritárias, haja vista que defendem mandatários de outros países nada democráticos, segue firme.
Contudo, há que se verificar que as intenções de votos nas pesquisas de opinião pública, pouco significam se comparadas com as rejeições de votos. Pois as intenções de votos podem sofrer mutações ao longo do tempo, enquanto as rejeições de votos são mais duradouras.
Nesse sentido, a candidatura de Bolsonaro sofre com mais de 60% de rejeição de votos, principalmente entre as mulheres, em todos os institutos de pesquisa. Enquanto as intenções de votos pouco tem alterado ao longo dos últimos meses, as rejeições se mantém intactas, onde nada parece mudar a disposição dos eleitores e, principalmente das eleitoras.
Com o afunilamento de candidaturas, a continuar esse quadro, as chances de Lula ganhar no primeiro turno aumentam a cada dia. Acrescente-se que com os indicadores econômicos terríveis, soma-se ainda, o empobrecimento da população, as imensas dificuldades sociais de parcelas significativas do povo, a oposição vence as eleições de 2022.
O peso do bolso e da bolsa pesam nas eleições, em qualquer lugar do mundo. Portanto, aos eleitores que não querem
Lula, não há outro caminho senão abandonar Bolsonaro e escolher outra candidatura.
Aliás, o próprio Bolsonaro já sabe que não ganha as eleições de Outubro, basta ver que ele trabalha diuturnamente em campanha de confronto, ao invés de pedir o voto, principalmente das mulheres.
Para que o confronto, senão estimular a ruptura institucional? É bom não esquecer da busca incessante do armamento da população, com o intuito claro de fomentar seus seguidores, numa cópia primária de Trump. Há ainda um outro agravante: Bolsonaro só mostra interesse no eleitor evangélico, contudo, a maioria do povo é católico...
Outrossim, se nas eleições de 2018 o voto era anti-PT, em 2022, o voto tem sido e será anti-Bolsonaro. A verdade é que o mundo globalizado, segue tendências. Em 2018, a tendência era o voto conservador, já em 2022, a tendência se mostra no voto liberal, haja vista as eleições dos EUA, Argentina e França. Esse é o quadro político, muito claro para se
fazer análise neutra e imparcial.