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Um dos grandes problemas que afligem a Economia Brasileira, impedindo-a de permitir a melhoria das condições sócio econômicas da população brasileira, é a participação do setor industrial no PIB.

No quadro acima, utilizando o IBGE como fonte dos dados, pode-se inferir que a participação da Indústria no PIB vem caindo ano a ano. De quase ¼ do PIB em 2013, cerca de 24,9% do PIB, apresentou queda para menos de 19% do PIB em 2021. E tem sido assim , desde os anos 1980. Ou seja, ocorre o que chamamos de desindustrialização da Economia Brasileira, estamos perdendo o caráter de Economia diversificada, moderna e industrializada para voltar ao período de antes de 1930: primária, exportadora, dependente de produtos da agro-indústria. O efeito mais óbvio desta triste realidade, é que ficamos mais desprotegidos face às mudanças da conjuntura econômica internacional, trazendo para dentro de nossa Economia, os efeitos negativos que ocorrem no exterior. Cerca de 2/3 do PIB se encontra no setor terciário e urbano. O restante fica com o setor rural. A crise econômica brasileira só não é maior, porque o setor primário tem apresentado um crescimento vigoroso, ainda que não consiga absorver e gerar muito emprego de mão-de-obra, haja vista que nosso modelo do agronegócio é predominantemente de capital e não em recursos humanos. Já tivemos oportunidade de trazer aqui, dados relativos à nossa vulnerabilidade econômica, quando em plena pandemia da Covid-19, a Economia Brasileira não produzia máscaras sanitárias, luvas, e outros produtos ligados à Saúde Pública. Importávamos tudo da China. E por quê? Porque o Custo Brasil impedia e impede o setor industrial brasileiro produzir aqui mercadorias a custos menores daqueles produzidos na China. Isso explica porque apresentamos taxas altíssimas de Desemprego, Subemprego e pessoas completamente desocupadas. Há uma imensa geração de jovens que são os "nem-nem", ou seja, nem estudam e nem trabalham... Não há o que discutir: ou o Brasil repensa o seu modelo de Desenvolvimento Econômico, que hoje sequer existe, para que o nossa população, cada vez mais empobrecida e desalentada, possa almejar dias melhores. Não há mágica, tampouco milagre. Temos de trabalhar muito para gerar trabalho para a nossa gente.

HUM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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