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Ainda estamos assistindo pessoas acampadas em instalações militares, ainda que em tese imbuídas de intenções nacionalistas, mas equivocadas em suas condutas desde o início das manifestações. Lembrando que tudo começou como reação aos resultados das eleições de 30 de Outubro, quando dentro das previsões levantadas pelos institutos de pesquisa, Lula venceria, como de fato venceu. Aliás, como alguns analistas se expressam, Bolsonaro é que perdeu. Perdeu porque desde o início de seu governo, negligenciou o atendimento dos desejos dos eleitores e principalmente, das eleitoras. Não poderia ser diferente. Nunca se deve esquecer da maioria do eleitorado rejeitando o voto em Bolsonaro... Quem tem mais de 50% de rejeição dos eleitores e eleitoras, não vence nenhuma eleição. Mas, o artigo de hoje, é sobre pessoas que ainda estão acampadas defronte quartéis militares. Desde o início foi um equívoco, bloqueando estradas e rodovias, impedindo o direito de todos de ir e vir, afrontando um princípio básico da civilização humana: o direito individual não pode impedir o direito de todos. Nesse transcorrer de tempo, se deslocaram das rodovias para se transferirem para a vizinhança dos quartéis. Mais uma vez, cometeram o mesmo equívoco, de impedir a livre movimentação das pessoas. Contudo, o que essas pessoas que dispõem de tempo livre para ficar longe de casa, do trabalho, ficaram aguardando, senão a intervenção militar que não veio e não virá? As eleições de Outubro já é passado, o prazo para contestação eleitoral já se foi, a diplomação de Lula e Alckmin ocorreu no dia 12 último, as posses dos eleitos serão no dia 01 de Janeiro de 2023. Ou seja, tudo transcorre dentro da absoluta normalidade, dentro do calendário eleitoral. Como já tive oportunidade de aqui pontuar, que as forças militares não iriam afrontar a maioria da população/eleitorado: Lula e Alckmin já indicaram o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, escolheram, pelo critério de antiguidade, para o Comando do Exército, General de Exército Júlio Cesar de Arruda, para o Comando da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, para o Comando da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno e para o Comando do EMFA-Estado Maior das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire. Os militares estão cuidando do cerimonial da transferência dos Comandos e dos futuros investimentos de Lula/Alckmin para as forças armadas. Até quando as pessoas ficarão defronte os quartéis, completamente alheias ao mundo real?

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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