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No artigo anterior, expressei que gostaria de debater sobre a equipe econômica de Lula, mas que o absurdo do dia 08 de janeiro me levava a escrever um pouco a cerca dos fatos ocorridos na Praça dos Três Poderes. Pois bem. A equipe de Lula é muito diferente da equipe econômica do Ministério da Economia de Bolsonaro, a começar que o ex-ministro Paulo Guedes concentrava nele, o que hoje está dividido em 4 Ministérios: Fazenda com Fernando Haddad, Simone Tebet no Planejamento, Geraldo Alckmin na Indústria e Esther Dweck na Gestão. A concentrar poder num único Ministério, facilita a rapidez nas tomadas de decisão e suas execuções na esfera econômica do governo federal, contudo, tamanho poder, permite cobrar resultados expressivos em questões estratégicas governamentais. Nesse aspecto, o Ministério da Economia do "posto Ipiranga" Paulo Guedes foi um amplo fracasso: conseguiu com o apoio indiscutível do Congresso Nacional e do Centrão, a reforma da Previdência Social, entretanto, as urgentes reformas Tributária, Administrativa, Financeira, Fiscal, Industrial, dentre outras, ficaram perdidas pelos descaminhos do Governo Bolsonaro. Sem sombras de dúvidas, perderam-se quatro anos da História Econômica Brasileira. A chamada Agenda Liberal ficou nas intenções, pois agora é outra corrente de pensamento econômico com Lula. As questões macroeconômicas não foram realizadas, enquanto as questões microeconômicas ficaram parcialmente administradas. Muito pouco para um Ministério que detinha tanto poder. O Governo Lula ao dividir o Ministério da Economia em 4 outros Ministérios, permite além de desconcentrar o poder da gestão econômica, foca em vários técnicos de boa reputação comandados por Ministros de formações heterogêneas e, por vezes, antagônicas. Obviamente que o Presidente Lula deverá arbitrar quando houver propostas divergentes e escolher aquela que represente os interesses do governo. A equipe econômica do Governo Federal é composta por destacados servidores públicos de carreira e por economistas de boas formações acadêmicas, oriundos da USP, UNICAMP, FGV, dentre outras instituições. Vários Ministérios podem tornar a gestão pública econômica mais lenta e burocrática, além de possibilitar divergências técnicas. Contudo, vários Ministérios permitem focar suas metas em Programas e Projetos simultaneamente. A Fazenda deverá cuidar dos tributos e dos gastos públicos; o Planejamento deverá pautar o Orçamento Público e as estratégias governamentais, o Desenvolvimento deverá focar na reindustrialização e a Gestão, focar na operacionalidade do dia-a-dia da administração pública. Como tudo na vida, há custos e benefícios no modelo de gestão econômica escolhida. O importante é haver coerência nos objetivos de política econômica e trabalhar em várias reformas que urgem implantadas: tributária e fiscal, são as mais prioritárias. Ao menos temos de largada, um governo que busca o diálogo e não o confronto. Já é uma mudança significativa. Vamos aguardar.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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