HUM TUPÃ

No modelo politico Republicano, democrático e regime presidencialista, cada governante eleito para cumprir com seu mandato popular, tem o primeiro ano para desenhar o restante do seu governo, isto é, se as suas propostas forem aprovadas e tiverem sucesso, ele tem o restante do mandato para cumprir com as mudanças. Caso contrário, a sociedade tem que aguardar mais três anos e uma nova eleição. Assim sendo, o Presidente Lula tem o ano de 2023 para definir o seu mandato: é fundamental que faça as reformas prioritárias e inadiáveis, começando com a tributária e fiscal. Ou seja, colocar as finanças públicas federais em ordem, depois da desordem deixada por Bolsonaro e Guedes. Por isso, a discussão sobre a taxa SELIC é extemporânea e inoportuna. É crucial definir a política tributária e fiscal do governo para, colocando objetivos e meios das contas do governo em dia, para depois, somente depois, partir para as discussões que envolvam a política monetária a cargo do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional ( CMN). Ao mesmo tempo, deve-se pautar a política cambial do governo. Quaisquer debates a respeito da taxa SELIC, neste momento, é no mínimo simplista e inadequado. O governo Lula deve expressar ao Congresso Nacional quais são suas diretrizes de política econômica: política tributária, política fiscal, cambial e monetária. Depois disso, e das aprovações do legislativo federal, pode-se começar a discutir as taxas de juros. É fundamental trazer um mínimo de racionalidade ao cenário politico federal, ou se pretende manter a irracionalidade e ofensas do tempo de Bolsonaro? Com relação aos juros, nós economistas, sabemos que o campo de debates é de alçada do CMN, composta pelo Ministro da Fazenda, Ministra do Planejamento e Presidente do Banco Central. Nas reuniões do CMN deve-se definir as diretrizes monetárias do governo: base monetária, meios de pagamento, crédito, financiamentos, juros, spread e inflação. Em outras palavras, Lula deve deixar as questões econômicas para sua equipe composta por Alckmin, Haddad, Tebet e Esther. Claro que as taxas de juros no Brasil são proibitivas e absurdas, por conta de que há um desequilíbrio de Mercado antigo e persistente, a qualquer momento há solavancos na relação Oferta Geral e Demanda Geral e a inflação descola. Como descolou no Governo Bolsonaro e o Banco Central não titubeou em elevar a taxa SELIC, de 2% ao ano para os atuais 13,75%, com isso, a taxa inflacionária despencou de mais de 10% para a casa dos 5% ao ano. É impossível, na atual conjuntura econômica brasileira, elevar a taxa de Oferta Geral e com isso, fixar os preços num patamar mais aceitável. Portanto, cabe à autoridade monetária ( Bacen ) evitar o consumo maior e pressionar os preços e a inflação. Isto posto, cabe ao governo federal trabalhar com serenidade e diálogo, trazendo racionalidade econômica e evitar, a todo custo, as irracionalidades cometidas pelo desastre do Governo PT de Dilma. Lula 3 deve mirar no Lula 1 e 2. Esquecer completamente tanto Dilma 1 quanto o Dilma 2. A História Econômica Brasileira recente sabe das barbaridades cometidas pela Dilma e seus achismos sem base na Ciências Econômicas. O tempo é agora. Não se pode perder a oportunidade única.Senão, só em 2026.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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