ILUMINAÇÃO LED – PM TUPÃ

Sim, quando falo de sofrimento, estou me referindo a o sentimento que é caracterizado pela sensação de dor, mal-estar e infelicidade em uma pessoa. Contudo, este mesmo sentimento de “sofrimento”, não deve ser maltratado ou prejudicado. Pois ao ser tratado dessa forma por um grande período de tempo, transforma-se em sintomas.

Lembrando que não há como viver sem o sofrer, isso faz parte da natureza humana, convivemos com isso o tempo todo, visto que, todas as vezes que temos uma enorme pulsão para fazer algo e simplesmente não podemos, já estamos sofrendo.

No entanto, estamos falando aqui de sofrimentos que de certa forma, causam angustia de maneiras mais claras, um certo incomodo e por fazer sentirmos coisas desagradáveis, por muitas vezes é mal tratado, mas de que forma? Recusando a palavra, a escuta, o compartilhamento e reconhecimento do mesmo.

Quando é recusado a palavra e automaticamente a escuta, acarretando em ter que lidar e conviver com o sentimento e maltrata-lo com o silêncio, muitas vezes por se sentir incompreendido(a), não conseguir enxergar possibilidades para dar voz ao mesmo, as vezes através da arte, seja por uma música, desenho, uma dança, etc., muitas vezes pôr como é apontado e nomeado esse sentimento por si mesmo e por terceiros, não dando espaço para ganhar vida, ser escutado e elaborado, e sendo estigmatizado de várias formas como; baixa-autoestima, um suposto déficit de atenção ou crise de ansiedade generalizada. De maneira que seja mais prático e de maneira rápida e ache o “culpado”, para que continue simplesmente fazendo o que sempre foi feito. Recusando a escuta, recusando a palavra e maltratando o sofrimento.

Pois as vezes é mais fácil buscar um culpado como algo “rápido”, do que se responsabilizar, além de dar a palavra ao sofrimento que tanto maltrata, ainda ter que ouvi-lo falar. O sofrimento sofre e ouvi-lo sobre o quanto sofre, dói.

Não estou aqui para fazer com que romantizem o sofrimento, mas sim para dizer que de certa forma, faz parte da condição humana e é mais doloroso quando o maltrata e não da voz para ele, fazendo com que neste silêncio, torne-se um barulho ensurdecedor. Faça as pazes com seu sofrimento, afinal, ele é laboral.

Pois como bem diz o Psicanalista Christian Dunker; “a escuta é parte primaria e essencial do cuidado com sofrimento das pessoas.” Se perceber que não está conseguindo dar vasão, dar uma escuta para seu sofrimento, seja através da sua arte, do seu jeito, etc., e mesmo através dessas partes estarem funcionando. Procure ajuda, procure quem te escute.

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Victor Breno Neves

Victor B. Neves - Psicólogo: CRP: 06/202727. Pós-graduando em Clínica Psicanalítica. Escritor, compositor e articulista do TupaCity.com

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