HUM TUPÃ

A psicologia vem ao longo do tempo se fortalecendo e se dedicando cada vez mais ao esporte, ganhando assim, cada vez mais espaço diante da respectiva área.

Como podemos observar por exemplo, ao ser cada vez mais citado e referenciado por cada vez mais atletas renomados, indicando e a falando abertamente sobre a importância dessa prática sendo vivenciada pelos mesmos. Diante disso, trago aqui, uma breve reflexão sobre a maneira que essa prática pode auxiliar os atletas e por consequência seus respectivos e tão esperados desempenhos.

Ao ser trabalhado seu cuidado com sua saúde mental, aos poucos com o decorrer do tempo e do trabalho, vai lançando luz sobre os aspectos inconscientes que influenciam o desempenho e o comportamento dos atletas.

A transferência de emoções passadas para a competição, os conflitos internos refletidos no jogo e a busca por significado simbólico nas performances atléticas são aspectos fundamentais abordados.

Ao explorar a psique, a psicologia do esporte psicanalítica busca promover uma compreensão mais completa do atleta e trabalhar juntamente com o atleta, para que juntos, desenvolvam ferramentas para lidar com desafios emocionais e melhorar o desempenho esportivo.

Imagine como se em cada partida, cada treino, cada lance, fosse como uma cena em uma peça teatral elaborada. Os atletas, os personagens principais, vestem máscaras de determinação, mas por trás dessas máscaras, o palco se transforma em um espelho refletindo suas lutas internas.

Neste teatro, que no caso, ocorre inconscientemente na mente de cada um, a transferência é a trama central. Os atletas entram em cena carregando o peso de suas experiências passadas, seus medos ocultos, suas esperanças mais profundas e como atores em um drama interno, eles projetam esses sentimentos no jogo, dançando uma dança delicada entre o desejo de sucesso e o medo do “fracasso”.

Onde damos luz a grande questão, se você não estiver preparado para perder, será que está preparado para ganhar? (Mas sobre isso, conversamos em um outro momento).

Deste modo, podemos refletir sobre o quão um atleta pode e/ou está preparado para ter uma performance com seu máximo possível de rendimento daquele dia, daquele momento e de que forma ser algo constante, sem compreender questões que ligam diretamente a sua prática, mas que não necessariamente é sobre apenas o seu trabalho físico feito no dia a dia?!

Não falo apenas sobre uma modificação de hábitos, comportamentos e mentalidade para um: “sou um vencedor”; mas sim, para uma compreensão de questões não trabalhadas, criações de recursos psíquicos, para lidar com situações estressoras semelhantes a experiências já vivenciadas. Ter consciência conseguindo e/ou podendo nomear a motivação e a frustração, lhe dá mais recursos para uma melhor convivência e elaboração em momentos de conflitos, sendo eles na vida e por consequência na prática esportiva.

E sendo assim, ao fim do tão importante “espetáculo”, quando o último apito é soprado e as cortinas se fecham, os atletas retiram suas máscaras e encaram o verdadeiro desafio: confrontar as supostas verdades na mente de cada um deles. E é aqui, neste momento de vulnerabilidade, que a verdadeira “magia” acontece, através do que foi sentido, vivenciando, diante da vitória ou da derrota, os atletas podem entender não apenas o que aconteceu no momento da competição, mas também quem eles são e quem podem vir a ser.

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Victor Breno Neves

Victor B. Neves - Psicólogo: CRP: 06/202727. Pós-graduando em Clínica Psicanalítica. Escritor, compositor e articulista do TupaCity.com

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