A imagem financeira do Brasil
03/05/2024
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Sem dúvida que em artigos anteriores, eu atestava que a Economia Brasileira foi bem em 2023, tendo em vista os indicadores macroeconômicos bem avaliados, como inflação baixa, dólar estável e controlado, Bolsa de Valores em alta, Balança Comercial superavitária, Balanço de Pagamentos equilibrado, Taxa de Desemprego em baixa, Taxas de Juros em queda, a começar pela SELIC, PIB que crescera quase 3% no ano de 2023. Enfim, os indicadores foram muito bons.
Tanto é verdade, que agências de classificação de risco da Economia Brasileira, as insuspeitas Moody’s, Standard and Poor’s e Fitsch apresentaram melhorias em suas notas a respeito do desempenho brasileiro. A Standard and Poor’s classifica o Brasil como BB, a dois degraus da BBB-, a mesma nota da Fitch.
Dia 01 de Maio, a agência Moody’s, também melhorou a classificação brasileira para Ba2, elevando para positiva a perspectiva de capacidade de bom pagador para grau de investimentos. Ou seja, as três principais agências de classificação de patamares de investimentos internacionais para investidores estrangeiros em títulos de crédito brasileiros, muito criteriosos em classificar o desempenho das Economias dos países para orientar investidores estrangeiros.
O único senão da Economia Brasileira atualmente, é a questão fiscal, ou seja, tributação e gastos públicos. Contudo, a esperar pela regulamentação da reforma tributária aprovada em 2023, depois de ser aguardada durante 40 anos, neste primeiro semestre de 2024 pelo Congresso Nacional e o desempenho prático do arcabouço fiscal, nos gastos públicos.
É aguardar para verificar como será o ano de 2024 para a arrecadação de tributos e os impactos dos gastos públicos para o mesmo ano. Como salientei no artigo da semana passada, alertando sobre os baixos compromissos assumidos pelos poderes legislativo, executivo e judiciário e nas esferas federal , estaduais e municipais, o ponto nevrálgico da Economia Brasileira são as contas públicas, que reverberam no déficit público e na dívida pública interna.
Certamente há notícias muito preocupantes no cenário externo, com as possibilidades de eleição de Donald Trump nos EUA, piora no PIB dos países desenvolvidos, problemas climáticos afetando colheitas de alimentos pelo mundo, as guerras que afetam drasticamente a Economia Internacional, o desempenho da Economia da China e as taxas de juros e inflação nos EUA, causam muita apreensão nos dirigentes dos países, CEOs de empresas, investidores internacionais, fundos de pensão e demais interessados. Por isso mesmo, há a necessidade inquestionável de manter sob controle as contas públicas brasileiras, acompanhando o desempenho na arrecadação de tributos e o patamar dos gastos públicos.
Tudo isso é fundamental para que as agências de classificação de riscos, Moody’s, Standard e Poor’s e Fitsch continuem a melhorar as notas relativas à Economia Brasileira.
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