HUM TUPÃ

 

2022 

2023

Movimento 

Exportação 

Importação 

Saldo 

Exportação 

Importação 

Saldo

China 

89.427 

60.744 

+28.683 

104.324 

53.175 

+51.149

EUA 

37.437 

51.304 

-13.867 

36.915 

37.958 

-1.043

Argentina 

15.344 

13.099 

+2.245 

16.712 

11.997 

+4.715

Brasil 

334.136 

276.610 

+57.526 

339.695 

240.792 

+98.903

Quadro – Comércio Exterior Brasil – Principais países – US$ Milhões FOB/ Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços 

 No quadro acima, com dados oriundos do Ministério do Desenvolvimento,  Indústria, Comércio e Serviços, Secretaria do Comércio Exterior, trago a  movimentação do Comércio Exterior do Brasil, em termos de Exportação,  Importação e Saldo anual de 2022 e 2023, envolvendo os maiores parceiros  comerciais do Brasil, a saber: China, EUA e Argentina. Tudo isso, para contextualizar  um debate inútil que li nas redes sociais, a respeito do arroz brasileiro e eventual  arroz chinês. É fundamental analisar o Comércio Exterior dos últimos dois anos, para  não concluir erros absurdos. Vejam bem. 

 Em primeiro lugar, não podemos menosprezar tampouco desmerecer nosso  principal cliente e fornecedor: China. Observem no quadro, que a China além de ser  nosso principal parceiro comercial no mundo, é devedor ao Brasil. Aliás, seu déficit  comercial em relação ao Brasil aumentou de 2022 para 2023. Portanto, não  podemos criticar uma eventual importação de arroz da China. O nosso saldo é muito  positivo. Em segundo lugar, ao se analisar os EUA, nosso segundo principal parceiro  comercial, de 2022 para 2023, nosso déficit comercial caiu, o que é muito positivo. 

Em terceiro lugar, ao se checar as contas comerciais com a Argentina, nosso terceiro  principal parceiro comercial, se verifica que nosso saldo superavitário mais que  dobrou de 2022 para 2023. Finalmente, em quarto lugar, e o mais importante, o  saldo da Balança Comercial do Brasil com o mundo em 2022 de 61 bilhões de  dólares, subiu para mais de 98 bilhões de dólares. Tudo isso evidencia que nossa  situação comercial com o mundo tem melhorado nos dois últimos anos. Portanto,  não há que se preocupar com importação/ exportação, consumo de arroz, do Brasil,  leia-se Rio Grande do Sul e a China. Temos superávit de mais de 98 bilhões de  dólares.  

 De mais a mais, a subida do preço do arroz é mais do que natural, pela eterna  Lei da Oferta e Demanda. Seja porque o consumidor fica preocupado em eventual  falta de arroz nas gôndolas dos supermercados, e antecipa suas compras de arroz, o  que provoca uma demanda maior de arroz a curto prazo, em circunstâncias muito  ruins a médio prazo, com safra futura do arroz que será prejudicada pela tragédia  climática no Rio Grande do Sul, e porque o Governo Federal, para proteger o  consumo futuro de arroz, precisa ter estoque regulador de arroz para evitar falta e  preços maiores. Agora, é preciso muito cuidado em ficar atacando nosso principal  cliente comercial no mundo e nosso mais importante fornecedor do mundo.

HUM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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