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Os tempos vigentes são preocupantes: vivemos sob pressões de realizar instantaneamente, estabilização financeira e material. Parece que não teremos amanhã. É crucial sequenciar, na plenitude, momentos que signifiquem elevar as taxas de serotonina, isolada ou coletivamente, em lugares conhecidos e, de preferência, locais desconhecidos e paradisíacos. Anestesiados pelo viver “aqui e agora”, como expressei, como se não houvesse futuro, o amanhã. Para a vida vivida ficar completa, é preciso intercalar serotonina com adrenalina, quem sabe, momentos únicos carregados de perigo.

Alguns preferem viver perigosamente em todos os momentos. Haja coração e saúde. A vida corrida, o tempo escasso, as preocupações que nos aborrecem, o cotidiano medíocre, as obrigações que nos conduzem diariamente sem rumo, conquanto indivíduo e integrante social, nos carregam para outro mundo: videogame, realidade virtual, maratona de séries estrangeiras, hollywoodianas, coreanas, jogos, loterias, apostas em aplicativos, reuniões de amigos e amigas regadas a muito álcool, por vezes drogas, etc. Tudo para fugir da realidade vigente.

Tempos em que se vive norteados pelo dinheiro fácil, ainda que seja ilegal e criminoso, liderados por “coach”, que prometem mundos e fundos, obviamente falsos, prometendo o paraíso, a busca do enriquecimento rápido, fé em milagres sabidamente inoportunos e irrealizáveis. Viver significando registrar em redes sociais, os acontecimentos, os eventos, as festas, as gulas, as viagens, em total harmonia com o “aqui e agora”, pois não haveria amanhã. De fato, para alguns vivendo nesse caos, realmente não haverá futuro.

É preciso, antes que o tempo acabe, viver já e aqui, independentemente das consequências futuras, já que não haverá o amanhã... O que importa é a liberdade de expressão, para poder falar, escrever o que quiser, pouco se importando com as outras pessoas, sem censura, sem freios, mesmo que o legal e o moral sejam transgredidos. É você e mais ninguém, sequer imaginam que há custos e benefícios. Acreditam piamente em benefícios dos prazeres da vida. Não há sacrifícios e custos. Por tudo isso, são contra o “sistema”, as regras, a sociedade, a família, as instituições, a política, a religião, a Democracia, os deveres e obrigações.

O que vale é a liberdade, você, suas aspirações, dinheiro, prazeres, consumo material e a farta vida proporcionada pelas aparências, e o resto, ora, danem-se. Ainda bem que nem todos acreditam e vivem assim. Há aqueles que têm fé em viver em harmonia, sem guerras, muito equilíbrio espiritual, circunstanciando os prazeres mundanos, se importam com o outro, com o meio ambiente, com a família, com os amigos e amigas verdadeiros, com a sociedade, com as instituições, com a Educação, com a Cultura, com as Artes, os animais, aves, plantas, e sobretudo, respeito ao próximo.

Há aqueles que intercalam direitos com deveres, objetivos pessoais com fins coletivos e públicos, não atribuem ao dinheiro a altíssima relevância que não possui.

 

AINDA BEM. Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor da FACCAT, colunista da TV Câmara de Tupã, colunista da Rádio Cidade, Tupacity e do Diário.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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