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Mais um escândalo de corrupção: agora onerando os aposentados e  pensionistas do INSS com desvios bilionários para supostas ONG’s. Não foi o primeiro  caso de corrupção, tampouco será o último. Muitas pessoas imaginam que o que move  as ações humanas é a ideologia em primeiro lugar, contudo, uma vez mais, fica provado  que, independentemente do governo de plantão e sua ideologia, o que move em  primeiríssimo lugar, ações humanas, seja no poder público ou no mundo privado, é o  interesse econômico. 

Diferentemente de outras épocas, em que não haviam tantos controles administrativos e tecnológicos, onde os desvios de dinheiro público e privado eram mais  difíceis de serem descobertos, hoje, com tantos recursos tecnológicos, com câmeras em  todos os locais, com máquinas fotográficas e filmadoras incorporados a poderosos  smartphones, com bilhões de documentos digitais circulando na internet e arquivados  em portentosos data centers, definitivamente, o crime não compensa. 

Além do crime não compensar, seja pela razão maior, de ser imoral e desonesto, também porque serão facilmente descobertos, não se deve cometê-los. É questão de tempo, os crimes cometidos, por mais elaborados e sofisticados que sejam,  serão descobertos. Se não for hoje, será amanhã. Afinal de contas, tudo pode ser rastreado. Vivemos a era da sociedade da informação, em que tudo que movimenta  dinheiro está digitalizado, disponibilizado, arquivado e, principalmente, está  permanentemente circulando e cruzando dados. 

De outro lado, o sistema educacional e cultural deveriam orientar em  caráter incisivo e repetitivo, a população a não cometer crimes, por todas as razões  acima elencadas. A começar pelas novelas e séries disponíveis na televisão e no  streaming. 

A bem da verdade, os criminosos, ainda que espertos e engenhosos, são  pouco inteligentes, pois deveriam saber que tudo pode ser investigado, pois tudo pode ser rastreado, bastando que uma pessoa munida de um smartphone decida denunciar anonimamente pelo aplicativo, por e-mail e pelas redes sociais. 

Definitivamente o crime não compensa. Aliás, os próprios criminosos  deixam rastros evidentes: com os resultados financeiros dos crimes cometidos,  adquirem chamativos a toda a população, comprando automóveis caríssimos e pouco  acessíveis aos mortais. Mais, compram sem que possam comprovar a origem do  dinheiro, imóveis luxuosos. Demonstram provas materiais às claras, para quem quiser  ver e investigar. Realmente os criminosos não são leitores de livros. Pois se fossem, iriam  ler 1984 de George Orwell. 

Não há crime perfeito. De outro lado, temos uma Polícia Federal muito  eficiente e há órgãos e servidores públicos honestos e corretos, que apreciam o que é  certo. Dinheiro público não é de particular, tampouco dinheiro dos outros não pode ser  de qualquer pessoa. Definitivamente o crime não compensa.

 

Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor da FACCAT, Delegado do Conselho Regional de Economia – SP e colunista da Rádio Cidade, Tupacity e Diário.

 

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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