CAMPANHA COLETA DE LIXO ORGÂNICO

* Por: Roberto Kawasaki Alguns fatos são marcantes conquanto sintomas de um problema. A todo bom observador e toda boa observadora, ao abrir os olhos e enxergar o que se vê a frente, pode facilmente verificar a dimensão da crise que passamos nestes tempos de Lava Jato. Onde o dinheiro que foi desviado dos cofres públicos, além de diminuir o fluxo de capital na Economia Brasileira, esvaziou a capacidade de pagar os compromissos da administração pública e de outro lado, os investimentos se tornaram absolutamente escassos. Senão vejamos. Ao viajar pelas estradas do Brasil, é visível a falta de dinheiro. Nos automóveis, nos ônibus e nos caminhões que circulam diariamente, os usuários podem aquilatar um fato claro: antes, as esferas governamentais nos entroncamentos das estradas, construíam viadutos; hoje, fazem rotatórias. Muito mais baratas e precárias. Aliás, para reduzir as velocidades nas estradas preferenciais, constroem lombadas, os conhecidos redutores de velocidade e, pasmem, transformaram as rodovias preferenciais em rodovias secundárias, ao exigir que obedeçam as placas de Pare, para que veículos que fazem o contorno da rotatória sigam em frente... Por falar em estradas, as pessoas com mais idades podem aferir: nos asfaltamentos de outros tempos, a durabilidade dos rolamentos era considerável; nos dias de hoje, podem não aguentar uma temporada de chuvas torrenciais. Sinal dos tempos de suborno e corrupção? Na saúde pública, por exemplo, a crise eminentemente financeira que toma conta de todos os hospitais gerais e psiquiátricos, nada mais é do que a má gestão do dinheiro público, combinado com os desvios da corrupção que tomou conta da administração pública no Brasil. Em que pese os avanços científicos e tecnológicos dos tempos atuais, os pobres ficaram mais pobres e os ricos ficaram mais ricos. É mais uma evidência da crise que nos assalta. A intranquilidade social em que envolve a sociedade brasileira é crítica e duradoura. O organismo social está mais do que enfermo, está na Unidade de Terapia Intensiva em estado crítico. Basta ver que a conjuntura que vive o Rio de Janeiro é sintomática: deve se alastrar para todo o país, senão fizermos as várias lições de casa que estão jogadas num canto qualquer dos palácios e palacetes pelo país afora. Em várias localidades, chegam ao absurdo de criar cargos públicos com o intuito de reduzir as taxas alarmantes de desocupação que se generalizou pela sociedade brasileira. Será que imaginam candidamente que o dinheiro público cai do céu ou que pode ser fabricado pela Casa da Moeda?

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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