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* Roberto Kawasaki A necessidade de retomar o princípio de se pautar a administração pública com base no planejamento é salutar e absolutamente imprescindível. Principalmente nesses tempos de globalização, sociedade do conhecimento e tecnologia da informação, fatores que promovem um caos no mercado e na própria sociedade, a gestão pública em todas as esferas governamentais deve buscar um mínimo de "norte" para que se estabeleça governabilidade para os diferentes atores e componentes da sociedade civil organizada e até mesmo, a parcela significativa ainda desorganizada. O planejamento governamental, como nos velhos tempos da existência do Muro de Berlim, que trazia no seu bojo, uma divisão clara do mundo ocidental e oriental, do mundo capitalista e socialista, em que o posicionamento ideológico estabelecia claramente um mundo previsível, ainda que com os efeitos nocivos da guerra fria, as pessoas, as sociedades tinham padrões de certa forma transparentes e seguros. Após a queda do Muro de Berlim, a desordem fincou raízes profundas no seio do globo terrestre. Desde então, todos nós ficamos órfãos. Quando digo nós, digo que governos, empresas, pessoas, organizações não governamentais, enfim o mundo todo, ficamos à mercê da radicalização política, ideológica, militar, cultural, social, econômica, esportiva. Conquanto isso, as mudanças científicas e principalmente tecnológicas, assumiram o papel de liderar o mundo globalizado. Vejam que nesse contexto de "caos institucionalizado", o mundo padece da desorientação, da lei do mínimo esforço, do epicurismo, do aqui e do agora, do hedonismo, da exacerbação materialista e mundana. As pessoas, as famílias e o Estado devem estabelecer limites claros para o cotidiano, restabelecer a valorização dos deveres, das obrigações e dos compromissos. Principalmente para conter minimamente os direitos pessoais e sociais que foram inconsequentemente disseminados. Evidentemente que o futuro sempre foi desconhecido, instável, imprevisível. Contudo, há que se restabelecer um mínimo de padrão de planejamento, sob pena de vivermos num pandemônio de loucuras que alguns querem nos impor e, de certa forma, conseguem submeter a imensa maioria aos seus devaneios. Vejam os exemplos monstruosos de atiradores, de homens e mulheres bomba, de atentados, de balas perdidas, de pessoas que alcoolizadas e ou drogadas, causam dores irreparáveis às pessoas e famílias inocentes. Antes que seja tarde, é crucial retomar as rédeas.

HUM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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