* Roberto Kawasaki
Observando indicadores econômicos do Brasil, pode-se inferir a conjuntura e perspectiva econômicas brasileiras. Outrossim, é perfeitamente possível atentar-se a fatos e acontecimentos do cotidiano para deduzir o grau de anormalidade em que vive a sociedade brasileira.
Sem dúvida alguma que vivemos num ambiente totalmente hostil e inviável. Quando assistimos pelo noticiário nacional, nas diversas mídias, que policiais são brutalmente assassinados, pela simples condição de serem policiais, é porque a criminalidade está agindo muito além do admissível. Pois ao assassinar policiais, o que se confronta é o Estado, o Poder Público, que agem para proteger e condicionar a sociedade.
Se para funcionar o Estado cobra tributos e, a carga tributária brasileira é absurdamente elevada para os padrões de renda do cidadão e cidadã brasileiros, recebendo em contrapartida péssimos e inaceitáveis serviços e obras públicos, traduzindo em ínfimas possibilidades de desenvolvimento social e econômico.
Em pleno Século XXI, os patamares de corrupção e suborno tomaram conta da administração pública, em conluios entre autoridades públicas e empresários, como nunca se viu na História Brasileira, e parece não ter fim.
Na área da Educação Pública, diferentemente de outras épocas, quando havia respeito e admiração pela figura do educador e educadora, e hoje, inacreditavelmente, há explícita violência contra educadores e educadoras; quando a indisciplina generalizada impede que o processo ensino-aprendizagem possa fluir naturalmente, impossibilitando que o Brasil possa almejar progresso e desenvolvimento, através de Educação de qualidade e de acesso a todos, é porque isso não pode continuar.
Quando pais e mães, adultos ou não, abandonam seus bebês recém-nascidos em portas de igreja, em terrenos baldios, em caçambas, não se importando com as consequências desses atos indesculpáveis, é porque a sociedade está muito doente. É preciso reverter isso tudo.
Poderia trazer outros casos. Contudo, só mais um. Trata-se de pessoas, que em tese, são politicamente bem acomodadas, entretanto, sem formação profissional adequada e, portanto, incompetentes, são alçadas a funções e cargos públicos, inviabilizando prestação de serviços públicos aceitáveis à população.
Caros leitores e leitoras, o diagnóstico é triste e as perspectivas são frustrantes.
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