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* Roberto Kawasaki Se não bastassem os escândalos que se sucedem, tendo em vista os publicados pela mídia, que não mais causam espanto a mais ninguém, essa sucessão não parece terminar. Agora é aquele envolvendo o BNDES e o POSTALIS, Fundo de Pensão dos Correios. Tudo começando em 2.010. Agora estourou na imprensa. Como escrevi, nada parece terminar. É óbvio que outros escândalos e desvios de dinheiro público ocorreram e nada garante que terminaram. E por quê ? Porque os agentes políticos, empresários e servidores públicos perderam o pudor e a vergonha. Puro escárnio e indiferença para com o bem público. Talvez alguns poderiam imaginar que uma reforma administrativa e jurídica fosse o bastante para corrigir essas mazelas e malversações do dinheiro de todos. Na minha modesta opinião, seria insuficiente pois há um sentimento ainda muito vigoroso de impunidade nesse meio. Muitos acreditam que jamais serão pegos pela Justiça. Os criminosos sempre acreditam piamente no crime perfeito. Que o seu crime é perfeito. Sabemos nós todos que não é bem assim. Para observadores atentos, há que se reconhecer que, ultimamente, criminosos graúdos estão sendo presos, criminalizados, penalizados e condenados a devolver dinheiro público. Muitos sequer poderão ser candidatos em 2.018. Ainda bem. Contudo, o estrago de séculos de impunidade aos criminosos do erário público, se alastrou no seio da sociedade. Será obra hercúlea para demover esse sentimento. Insisto na tese que somente uma nova Constituição poderá criar uma nova sociedade baseada no respeito, na ética, no caráter e na honestidade. Por isso uma simples reforma administrativa e jurídica não serão suficientes. A legislação, na minha modesta opinião, é muito branda, as penas são leves e as possibilidades de reduções de condenações são perfeitamente viáveis. Assim, o clima social de mudanças é limitadíssima. Apenas medidas radicais terão êxito. Medidas paliativas são simplesmente paliativas. Não resolvem a contento. Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos que, quem sabe, poderão conduzir a melhorias significativas. Ter vergonha no rosto é fundamental.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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