CADA VEZ MAIS POBRES
12/04/2018
Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor dos cursos da FACCAT e articulista do Tupacity.
*Roberto Kawasaki Como não poderia ser diferente, a crise econômica brasileira que era facilmente previsível, como tivemos oportunidade de expressar em vários artigos aqui publicados, tendo em vista uma política econômica demagógica, populista e irresponsável, promovida pelos governos do PT: trouxe em 2.017, em consequência de quedas sucessivas do PIB, um fato terrível para toda a sociedade brasileira, principalmente para aqueles 10% mais pobres. Pois essa faixa de renda respondeu no ano passado, por apenas 0,7% da renda nacional. Enquanto os 10% mais ricos, detinham mais de 43% da renda nacional. Essa triste e absurda realidade que insiste em impedir o desenvolvimento econômico do Brasil, desde há muito tem sido efetivada por componentes da elite política tradicional populista que, invariavelmente toma o poder e conclui infantilmente que pode e deve, promover uma inócua redistribuição de renda através de políticas públicas populistas de gastos públicos que também invariavelmente nos remetem a gravíssimas crises financeiras do setor público, que conduzem o Brasil a situações extremas que o IBGE pura e simplesmente retrata com estatísticas como estas. Nesse quadro econômico angustiante e paralisante, reduz as perspectivas brasileiras de se inserir no profissional e competentíssimo mercado globalizado, principalmente porque o setor público brasileiro se mostra claramente descapitalizado e endividado. Restando ao setor privado nacional, a responsabilidade de promover investimentos produtivos que possam alavancar o crescimento do PIB e da Renda Nacional. Ora, sabemos todos nós que, sem que o Brasil e as autoridades públicas definam objetivos nacionais, programas e projetos, investidores nacionais e internacionais jamais irão investir. Assim sendo, como também já tive oportunidade de expressar neste espaço de mídia, o Brasil estará condenado a crescer, desde que faça a lição de casa de finanças públicas equilibradas, qualquer coisa em torno de 1% do PIB anualmente. Muito pouco para sequer inserir contingentes populacionais que anualmente adentram no mercado de trabalho. Ou seja, nossas perspectivas a curto, médio e longo prazos estão totalmente inviabilizadas. Temos programas sociais de primeiro mundo, com recursos públicos governamentais de terceiro mundo. Isto é, não há fontes de financiamento de recursos financeiros consistentes e duradouros que possam alavancar projetos dessa natureza. Um exemplo transparente é o Governo do Rio de Janeiro, que irresponsavelmente promoveu Jogos Olímpicos e co-promoveu a Copa do Mundo de Futebol, em conjunto com o governo federal. Jamais o Brasil poderia ter embarcado nessas aventuras absurdas, descabidas, inoportunas e criminosas. Sair da crise exigirá muito sacrifício.
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