drenagem

* Roberto Kawasaki Ninguém, absolutamente ninguém, está livre de acusações. Desde que, é claro, haja presumível inocência. Caso contrário, havendo indícios, documentos, provas e testemunhos; pessoas, sejam quem forem, principalmente àqueles que se achavam acima do bem, do mal e da Lei, estão sendo acusados, julgados e encarcerados. Alguma novidade ? Obviamente que muitos tinham absurda convicção de que seriam eternamente livres de punições. Exatamente esse clima de impunidade estava alastrado pela sociedade brasileira. Em sã consciência, nem o mais otimista puritano poderia imaginar que uma Operação denominada Lava Jato poderia ser o que é. Entretanto, outras operações estão sendo executadas pela Polícia Federal em ações que têm merecido respaldo do Ministério Público. E o Poder Judiciário também tem se mostrado, salvo algumas exceções, legalmente e moralmente comprometido com a Justiça. A verdade é que há muito a ser apurado, investigado, colher testemunhas, buscar papéis, deter fugas, e tantas ações que possam promover o que a população brasileira em sua grande maioria, aguarda ansiosamente: o julgamento justo e legal para criminalizar os culpados, que diga-se, são graúdos e numerosos. Por ainda ser um país absolutamente subdesenvolvido, o Brasil não tem recursos ilimitados para custear desmandos, subornos e corrupções que reproduzem as mazelas que sacrificam a parcela mais humilde da população brasileira. De outro lado, há que se fazer uma devassa no BNDES. Entidade que, criada em 1.952 pelo eminente Presidente Getúlio Vargas para alavancar o desenvolvimento econômico do Brasil, este sim, o verdadeiro e único pai dos pobres, o BNDES promoveu, à revelia do respaldo do povo brasileiro, questionáveis investimentos em outros países subdesenvolvidos da América Latina e em outros continentes. Claro que realizados pelas maiores empreiteiras, que coincidentemente são as mesmas que estão envolvidas até o pescoço na Lava Jato e em outras operações em andamento, que obviamente custearam esquemas de desvio do dinheiro público, levando inevitavelmente à crise financeira que, só agora, assusta o BNDES. Sempre é salutar lembrar que o BNDES jamais deveria financiar projetos de investimento em outros países. Haja vista que para isso existem Bancos Internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento - B.I.D., Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – B.I.R.D , também conhecido como Banco Mundial. Como se no Brasil, não tivessem e merecessem projetos a serem financiados pelo BNDES. Ora, isso tudo é inaceitável e imperdoável. Por tudo isso, merece ampla investigação. Certamente que os que serão envolvidos, alegarão inocência, perseguição política, enfim, toda a ladainha que é praxe no cenário pré-cárcere. Certamente também, todos terão o amplo direito de defesa e julgados, caso evolua para esta etapa, e se comprovados, punidos. Rigorosamente punidos. É o que se espera do cumprimento da Lei. Apenas e tão somente a Lei.

HUM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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