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* Roberto Kawasaki A preocupante guerra comercial entre os EUA e a China, se antes não configurava tal litígio, pois representava somente uma queda de braço de ações tributárias de parte a parte, as escaladas unilaterais tributárias feitas pelo Presidente Trump e as reações feitas pelo Presidente Xi Jinping, configura, sem sombras de dúvidas, Guerra Comercial, com consequências pouco previsíveis no front internacional, entre as duas principais potências econômicas, com sequelas para o restante da humanidade. Obviamente que o livre comércio recebe um nocaute, haja vista que o liberalismo econômico imaginado e sustentado por Adam Smith, perde terreno grandioso, na medida em que o teatro de operações vai incorporando mais ações que ultrapassarão as barreiras tributárias e envolverão, além de outras medidas, outros atores protagonistas e antagonistas. Ou seja, o intervencionismo ganha contornos mais fortes, que com isso, exigirão maior capacidade competitiva dos países menores, dentre eles, o Brasil. Num primeiro momento, o Brasil ganha nessa guerra sino-americana, pois deverá ser um dos refúgios de chineses e americanos para buscar produtos a serem importados. Evidentemente que nossas exportações deverão crescer a curto prazo. Contudo, a médio e longo prazos, os países mais competitivos e com vantagens comparativas no comércio internacional, deverão ser os mais beneficiados, alijando o Brasil desse teatro comercial. Porque pouco temos a oferecer de qualidade aos produtos exportáveis e apresentamos limitações clássicas nos preços, principalmente porque não poderemos efetuar desvalorizações cambiais para tornar nossos produtos mais capacitados e competitivos. A nossa crise econômica que é muito grave, não consegue oferecer condições claras para, num prazo relativamente curto, melhorar a qualidade de nossos produtos exportáveis. Não temos nesse momento, economias de escala para reduzir custos fixos e variáveis por unidade de produto e permitir galgar mercados no cenário internacional que deverá ser mais e mais intervencionista e separatista. As necessárias e inadiáveis reformas econômicas que não realizamos, deverão pesar e muito na balança comercial e de transações correntes, diminuindo e muito nossa capacidade comercial e econômica de participar como ator protagonista no cenário internacional. Como o Governo Temer já acabou, será que o novo governante que assumirá o comando em 2.019, estará devidamente comprometido com reformas que possam recolocar o Brasil no cenário internacional? Vejam que há ainda, problemas gravíssimos no front interno, que não permitem alçar projeções mais otimistas. Perder a Copa do Mundo de Futebol será algo ínfimo se comparado com a magnitude de nossas preocupações.

Paineira Tupã

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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