Paineira Tupã

* Roberto Kawasaki A atividade profissional de cada um de nós se baseia em duas possibilidades: conhecimento adquirido na prática, absorvendo técnicas desenvolvidas por outros profissionais em épocas passadas, que são transmitidas no processo ensino-aprendizagem no cotidiano do trabalho; e conhecimento adquirido na Escola, em atividades acadêmicas teóricas transmitidas na sala de aula, práticas laboratoriais e visitas técnicas monitoradas. Certo de que as atividades profissionais são remuneradas de acordo com leis econômicas da oferta e demanda, sem quaisquer vínculos de justiça e valor. Aliás, a remuneração do trabalho só tem relação com o preço de mercado e não com valor. Na sociedade em que vivemos, nossas atividades profissionais devem ou deveriam viabilizar meios de sobrevivência pessoal e familiar. Se a remuneração for elevada, acima das necessidades mínimas do cotidiano, cria-se a oportunidade de poupar o excedente da renda e com isso, fomentar o patrimônio da pessoa e de sua família. Se a atividade profissional tiver relação direta com o setor privado, nada obsta, desde que não infrinja a legalidade e moralidade, e que esteja em conformidade com as partes envolvidas. Entretanto, se a atividade profissional for com o setor público, tudo muda de figura. Haja vista que a renda pessoal e familiar têm que obedecer a lei e moral, bem como e principalmente, ser compatível com o patrimônio pessoal e familiar. Digo isto porque o que move a corrupção da humanidade e no Brasil atingiu patamares absurdamente inaceitáveis, é o dinheiro que os criminosos desejam amealhar, e sendo do setor público, muito pior. É indefensável. Nos tempos atuais, a magnitude gigantesca só foi devidamente avaliada graças à Operação Lava Jato. Por isso, sempre é bom registrar as ações profissionais e extraordinárias executadas pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Poder Judiciário, a quem o Brasil deve muito. A linha mestra de investigação deve se basear na renda pessoal e familiar do investigado com o patrimônio amealhado durante sua vida profissional, pois o que move o comportamento humano dos criminosos não é a ideologia e sim o dinheiro. Sempre o dinheiro. O poder do dinheiro. Para ilustrar o que escrevo, vejam o patrimônio declarado do Ex-Deputado Federal Eduardo Cunha: em 2.002 tinha R$ 525.000,00 e em 2.014 passou a ter R$ 1.648.000,00 um acréscimo de 213%. O Senador Aécio Neves tinha, segundo suas declarações ao fisco, R$ 2.500.000,00 em 2.015 e no ano seguinte, R$ 8.000.000,00, um aumento de 220%. Já o Ex-Presidente Lula tinha em 2.010, quando saiu da Presidência da República, R$ 1.900.000,00 e passou a ter em 2.017, R$ 11.700.000,00, uma elevação patrimonial da ordem de 515%. Esses aumentos contrariam a Matemática Financeira e Administração Financeira. Nada justifica, no âmbito da legalidade, dos números das Ciências Exatas e da moralidade, esses aumentos patrimoniais. Vejam que são informações no âmbito da Receita Federal. Obviamente que nada se relaciona com fontes oficiosas, que trazem outros números e realidades.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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