HUM TUPÃ

* Por Roberto Kawasaki Tenho lido os programas de governo dos candidatos ao cargo de Presidente da República, através do que escrevem e dizem os seus coordenadores. Muitos ainda não se deram conta do tamanho do buraco financeiro que está inviabilizando a administração pública brasileira. Inclusive, propostas estão sendo feitas sem que se analise o quadro financeiro, das receitas, das despesas, do déficit, das dívidas públicas externa e interna. Percebo ainda, que as propostas giram em torno das questões de curto prazo ou até mesmo, de curtíssimo prazo. Nada se referem às questões macroeconômicas estratégicas de longo prazo, tampouco aos cruciais projetos que estão no front dos investimentos em tecnologia de ponta, de bens duráveis, de nanotecnologia, em parcerias público-privadas, em logística, em transportes, em navegação, em saída por terra ao pacífico, da retomada do transporte ferroviário, em energia solar, em energia eólica, em biodiversidade, em preservação ambiental, em reaproveitamento de lixo, em material reciclável, etc. Ou seja, a mediocridade é o padrão. Lamentável. Estarrecedor é a proposta feita pelo coordenador do projeto do PT, o economista Márcio Pochman da Unicamp. Disse ele que, caso o PT ganhe as eleições, deve-se priorizar a retomada do crescimento econômico. Claro que ninguém é contra a saída da crise. Contudo, o que é preocupante, é sua posição insustentável de que não há crise fiscal, de que o Estado deveria bancar os investimentos fundamentais para a retomada do progresso econômico e social. Será que o economista Pochman se esqueceu do que a Dilma foi obrigada a fazer no segundo mandato? De ter praticado o estelionato eleitoral, com a guinada da política econômica ao abandonar o projeto econômico do PT e ter trazido o executivo do Bradesco, o engenheiro naval Joaquim Levy A História registra que o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi totalmente boicotado pelo próprio PT e acabou por inviabilizar, por consequência, o Governo de Dilma, ao praticar crimes contábeis, orçamentários, financeiros, administrativos, econômicos e legais. Quem praticou golpe foi o governo de Dilma, o grande desastre que nos atinge até os dias de hoje. Insistir numa filosofia de que o Estado pode e deve bancar o processo de retomada do desenvolvimento é infantil, idiota e irresponsável. O Estado está endividado e sequer consegue pagar suas contas do dia-a-dia. Vejam, por exemplo, o que acontece com a pobre Venezuela, que embarcou num projeto absurdamente denominado de bolivariano, inadequada e descabida homenagem a Simon bolívar, grande figura histórica da América Latina. Adotaram um criminoso projeto demagógico-populista-saqueador das finanças públicas e que o PT tem apoiado integralmente. Querem conduzir, numa aventura de sonhos e devaneios, ao mesmo projeto da Venezuela? Qualquer projeto de governo que não contemple ajustes fiscais é embarcar numa crise econômica sem precedentes na História Econômica Brasileira.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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