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Tenho aqui comigo o artigo que publicaria neste final de semana mais curto: Os desafios do Presidente Bolsonaro. Contudo, as mudanças eleitorais e políticas que o Brasil conheceu nestas eleições gerais de 2018, me fizeram mudar a intenção, e venho publicar este artigo. De fato, estas eleições marcarão a História Política Brasileira, pelo ineditismo da força das redes sociais, da marginalidade do tempo de televisão e rádio, da menor importância da estrutura de campanha eleitoral tradicional, de comitês, de cabos eleitorais, de santinhos, de carros de som, o corpo-a-corpo, a exacerbação da polaridade entre bolsonaristas e petistas. A eleição de Bolsonaro, de governadores absolutamente jovens, desbancando veteranos, de senadores, deputados federais e estaduais, originados no segmento militar e judiciário, fizeram desta eleição sui generis: o protagonismo dos eleitores e eleitoras. Auxiliados pela internet, dos smartphones, redes sociais, mais do nunca a Democracia Representativa ganhou patamar de Democracia Direta. Uma outra característica, que tende a ser definitiva, é o julgamento que eleitores e eleitoras fizeram de seus representantes e culminaram com o descarte ou manutenção dos candidatos e candidatas. Muitas surpresas boas, com exceções do Renan Calheiros e Jader Barbalho, que conseguiram sobreviver, pois outros políticos tradicionais foram simplesmente abandonados.O chamado voto inconsciente diminuiu muito, haja vista que acabaram aquelas estórias de eleitores e eleitoras que simplesmente recolhiam aleatoriamente "santinhos” no chão, junto às seções eleitorais e votavam num candidato ou candidata qualquer. Sem dúvida alguma que a população brasileira ficou farta de mentiras, de corrupção, de subornos, de escândalos, de acordos políticos eleitorais de manutenção de privilégios, da política do " é dando que se recebe”, enfim, ela deu um basta a tudo isso. E não haverá retorno, tendo em vista que a internet, as mídias tradicionais, as redes sociais, vieram para ficar e exacerbar os ânimos partidários. Ah, antes que me esqueça, os partidos tradicionais como PSDB e PT, que dominaram por décadas o cenário político nacional, sofreram duros golpes. Vão ter que se reinventar ou serão sombras do que foram. Vejam o PSL de Bolsonaro, que se transformou de legenda de aluguel para Partido Político, alçado que foi por milhões de eleitores e eleitoras do Brasil. Nada é impossível em política. Tudo pode acontecer.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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