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*Roberto Kawasaki Passadas as eleições que culminaram com a eleição de Bolsonaro para a Presidente da República, o Brasil fica na expectativa de que o ano de 2019 seja melhor que os anos anteriores e retome a rota de desenvolvimento. Tenho aqui, ao longo de vários artigos, que contaram com a paciência do editor deste jornal, leitores e leitoras, a projetar inúmeras dificuldades que cercam o processo de desenvolvimento brasileiro. A bem da verdade, tenho sido opositor dos governantes todos, sem exceção, de João Figueiredo a Michel Temer, por terem sido absolutamente medíocres, passivos e inoperantes. A começar pela ausência de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que exponha claramente as participações do setor público e dos setores privados nacional e internacional. Por isso mesmo, o último grande governo foi de Ernesto Geisel. Junto com Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, Geisel tinha um PND. Aliás, foram os únicos grandes governos republicanos. Os demais foram decepcionantes. A eleição de Jair Bolsonaro pode significar a retomada do desenvolvimento nacional, observadas as condicionantes atuais, a conjuntura e estrutura internacional, o endividamento público, o grau de competitividade global, as mazelas trazidas com o avanço inaceitável da corrupção, que generalizou-se pelas entranhas da sociedade brasileira. Enfim, a crise é monumental e trágica. Exatamente por isso, que a eleição de Bolsonaro é muito mais significativa que a objeção ao PT/PSDB e ao modo tradicional de fazer política do toma-lá-dá-cá. O Brasil apresentou decadência ética, moral, de caráter, que nossos governantes e a Constituição Brasileira de 1988, simplesmente agravaram. Bolsonaro representou a possibilidade de sair dessa lama. Como sempre digo, o povo sabe votar, só não enxerga quem não quer... Contudo, como é o objeto deste artigo, são gigantescos os desafios que estão no front do Presidente Bolsonaro. Pode ele se juntar a Getúlio, Juscelino e Geisel, ou simplesmente, aos demais. Um governo singular e único, que possa marcar época, deve ter dois superministérios. A área jurídica para estabelecer os limites legais e constitucionais e a área econômica para sustentar os recursos financeiros para financiar as ações governamentais. De um lado, esse mesmo governo deve pautar a governança em segmentos e áreas, com suas prioridades. A escolha do Juiz Federal Sérgio Moro para a Justiça e Segurança é extraordinária. Melhor indicação, com a reputação que Moro possui, não há. De outro lado, a escolha de Paulo Guedes, com Doutorado pela Universidade de Chicago, terra do monetarismo, é esclarecedora e transparente. Menos Governo e mais ações que permitam o empreendedorismo empresarial deve ser o mote governamental. Bolsonaro precisa somente, neste momento, definir um Plano Nacional de Desenvolvimento. Objeto que os militares tanto gostam.

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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