Paineira Tupã

Hoje trago algumas informações sobre um item das nossas construções que muitas vezes passa despercebido: o rodapé. Apesar de não ficar tão exposto à linha do olhar quanto outros detalhes e não ser tão valorizado no orçamento, um rodapé bem escolhido garante um melhor acabamento e, assim como os quadros, ele "emoldura” o ambiente, trazendo harmonia ao espaço. Para isso, a escolha destes leva em conta alguns critérios para que esteja perfeitamente adequado e é isto que veremos a seguir. Qual a função do rodapé? Na verdade, são algumas. Além de esconder a junta de dilatação entre parede e piso, a primeira é a proteção das paredes e revestimentos contra umidade, além de choques de impacto ocasionados por batidas de objetos (como vassouras, aspirador de pó, etc). Ele também ajuda para evitar riscos de contato ao afastar móveis e eventuais objetos.

Quais são os tipos/aplicações? Em geral, são três os principais tipos de rodapés: o convencional, o embutido e o invertido. O tipo convencional (sobreposto a parede) é o mais utilizado, tendo menor custo de mão de obra e sendo o principal em relação à utilidade na proteção contra contato de móveis na parede. Este tipo possibilita que ele se integre aos boiseries em ambientes mais clássicos. O tipo embutido se nivela à parede, não apresentando saliência. Uma das grandes vantagens deste tipo de rodapé é que não há acumulo de sujeira na parte superior da peça, porém o custo de mão de obra para o serviço é mais alto. No rodapé invertido (flutuante ou com bunha) é o que apresenta o maior custo e maior dificuldade na instalação, que geralmente é feita com uma cantoneira metálica que fica embutida na parede, criando um efeito de bunha (espaçamento) entre o piso e a parede, trazendo o efeito de que a parede está "flutuando”.
Quais os materiais? Neste caso a lista vai longe e algumas opções são mais adequadas que outras, dependendo do ambiente. Cerâmica ou porcelanato: Muito comum em nossas casas, sendo aplicados de forma convencional ou embutidos, esse tipo de rodapé comumente acompanha o mesmo material utilizado no piso do ambiente, criando uma unidade visual. Podem ser cortados da peça utilizada no piso e algumas marcas já fabricam as peças preparadas para este fim, com acabamentos arredondados. Funciona bem em todos tipos de ambientes, pois garante proteção contra umidade e impactos.
Madeira: Bastante tradicionais e utilizados desde muito tempo na forma convencional, podem ser encontrados em novas versões com cores e tamanhos variados. São mais frágeis devido a baixa resistência a umidade e necessitam de tratamento contra cupins.
MDF: Fabricados com fibras de madeira de reflorestamento, possui boa durabilidade e um custo menor em relação a madeira natural, sendo bastante utilizado para compor com pisos laminados ou de madeira. Apesar de não atrair cupins, pode estufar com a umidade. Com fácil instalação geralmente sobreposta, podem ser utilizados na cor original e também serem pintados.
Mármore ou granito: Os rodapés de mármore ou granito são vendidos sob medida e devem chegar já cortados na obra para instalação convencional ou embutida. Eles são mais utilizados em áreas molhadas ou externas e podem ter acabamentos diferentes: polido, jateado ou escovado.
Poliestireno: São bastante conhecidos pela praticidade e durabilidade, além de permitirem esconder a fiação elétrica devido à sulcos internos que permitem a passagem de cabos, com instalação simples através de cola ou silicone. Além de ecologicamente correto, é um material muito durável e resiste bem a umidade, sendo indicado para áreas molhadas. Está disponível no mercado de várias alturas, com ou sem frisos e é facilmente encontrado na cor branca ou em tons de madeira. Se você preferir ele em outra cor, pode pintar com tinta acrílica. Assim como o pvc, outra vantagem é que alguns modelos permitem serem sobrepostos em rodapés existentes, opção incrível para casos de ambientes alugados onde não se pode mexer na opção existente.
Alumínio: Esta é a opção mais comum para rodapés invertidos. Bem resistente para ser encaixado na parede, cria um resultado clean e moderno, além de eficiente e econômico. A sensação final é de que a parede está praticamente descolada do chão, e por isso ela é chamada de "parede flutuante”.
Cor: Destacar ou esconder? Esta resposta vai depender do seu objetivo para uso e estética do ambiente. Se você deseja destacar o rodapé, utilize um elemento diferente do que está sendo utilizado no piso. Por exemplo: piso de madeira com rodapé de MDF laqueado branco. Mas se a intenção for esconder, criar uma unidade entre o piso e o rodapé, aposte no mesmo material. Ex: piso laminado imitando madeira com rodapé de PVC imitando a mesma madeira. Qual o modelo e altura ideais? Quanto ao modelo, existem opções uniformes e sem detalhes para ambientes mais minimalistas, modernos ou onde não se deseja destacar tanto o rodapé. Para ambientes mais clássicos e tradicionais, aposte nos modelos mais arredondados, com frisos e recortes. Quanto a altura, depende muito do pé direito do ambiente onde ele será instalado e sua intenção visual para o local. Se o seu pé direito é baixo e você quer que ele pareça maior, invista em rodapés mais baixos, que não criem ilusão de "corte” no ambiente. Se você não liga para a sensação de ambiente mais baixo, fique à vontade para utilizar rodapés mais altos. Agora se seu ambiente tem pé direito alto, qualquer altura é indicada.
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Texto de autoria da colunista/Fotos: Internert

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