Cultura Empreendedora
31/07/2019
Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor da FACCAT e colunista do TupaCity.com.
* Roberto Kawasaki Estamos frente a abissais desafios que bloqueiam a retomada de desenvolvimento social e econômico do Brasil. Primeiramente, grande parte de nossos educadores ainda não se conscientizaram de que o nível dos educandos é terrivelmente baixo e que impedirá recolocar o rasil num cenário de progresso. Sem que a Educação Brasileira melhore significativamente, será impossível inserir nossos profissionais num mercado inovador, exigente, competitivo, e sobretudo, complexo; haja vista que as inovações científicas e tecnológicas avançam num ritmo avassalador, modificando a todo instante a sociedade em que vivemos. De um lado, o setor público que se encontra totalmente deficitário e endividado, portanto impossibilitado de alavancar um novo processo de desenvolvimento econômico, podendo, talvez, nortear os caminhos a serem trilhados e, com isso, atrair o capital internacional e empregar pessoas preparadas. De outro lado, o setor privado, cada vez mais internacionalizado e especializado, exclui os profissionais incapacitados pelas constantes inovações tecnológicas. Assim sendo, revolucionar a Educação Brasileira é condição sine qua non para vivenciarmos dias melhores aos nossos cidadãos e cidadãs. Em segundo lugar, o nível de pobreza e desemprego que assolam o país, somente poderão ser reduzidos se, e somente se, o produto e serviço brasileiros forem ofertados a preços menores, permitidos por custos de produção baixos e de qualidade indiscutível. E isto ocorrerá se houver reduções financeiras nos componentes produtivos com estruturas de custos competitivos. Por isto mesmo, as reformas básicas são fundamentais para o futuro brasileiro. São absolutamente urgentes, além da reforma previdenciária, a reforma tributária, educacional, fiscal, financeira, política... Em terceiro lugar, o Brasil advindo da Constituição de 1988, está esgotado e obsoleto, a começar pela queda do muro de Berlim, ocorrida no ano de 1989. Nossos alicerces jurídicos de 1988 não suportam o rol de mudanças estruturais trazidas, inexoravelmente, pela aceleração da Globalização, internacionalização do capital, das revoluções científicas e tecnológicas, da Quarta Revolução Industrial, da Internet, da Tecnologia da Informação, da acessibilidade das mídias, do smartphone, e etc. Em quarto lugar, o despreparo das forças produtivas brasileiras é inquestionável. Perdemos nas últimas décadas, a importância que ocasionalmente no passado recente, tivemos e abandonamos de forma incompetente e inconsciente. Há, sem sombras de dúvidas, um descompasso entre Deveres e Compromissos que queremos esquecer e os Direitos Humanos Fundamentais que amamos com emoção descontrolada, e que não desejamos abrir mão. Queridos leitores e leitoras, as despesas devem ser cobertas por fontes seguras de receitas... Finalmente, há que se estabelecer, como política de Estado, a cultura empreendedora, da inovação e da educação continuada.
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