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Quando estudamos Ciências Econômicas, principalmente na disciplina de Economia Internacional, aprendemos ao ler clássicos da literatura brasileira e mundial, que medidas que se tomam para proteger a Economia do país, em detrimento às Economias estrangeiras, como por exemplo, sobretaxar produtos estrangeiros com impostos de importações maiores para encarecer e diminuir o consumo de bens importados para estimular a produção e consumo de bens nacionais, há medidas de retaliação dos países afetados para, também proteger seus interesses nacionais, sobretaxar bens exportados por àqueles, encarecendo os preços destes no mercado dos países inicialmente afetados. Ora, nesse cálculo, os resultados serão anulados por ambas as partes. Ou melhor, os preços de bens importados e exportados ficarão mais caros, encarecendo para os consumidores dos dois países, diminuindo o comércio exterior e trazendo custo de vida maior para as duas populações envolvidas.

Portanto, medidas unilaterais tomadas por um país tende a criar problemas para todos os consumidores, trazendo despesas familiares maiores aos dois países em questão e dificuldades para produtores dos dois países. Senão vejamos.

O país A que iniciou um imposto de importação de bens importados maiores, tende a beneficiar produtores locais de bens semelhantes. Contudo, como há retaliação do país B que, por sua vez, eleva impostos de bens importados do país A, produtores do país A que tiverem sobretaxas maiores irão vender menos para o país B. Assim sendo, produtores de um segmento econômico ganham, mas produtores de outros segmentos econômicos perdem, tanto do país A quanto do país B. Além do que consumidores dos dois países A e B também perdem, pagando mais caro pelos produtos consumidos e importados de outro país. Logo, nessa perspectiva, o balanço final é zero para o país A e para o país B.

Nessa perspectiva, como proteger produtores locais do país A de produtores de outros países que concorrem com bens concorrentes exportados para o mercado A ? Como sobretaxar países não surtem efeitos esperados, como proceder ?

Trabalhando com a estrutura produtiva do país, verificando e reduzindo os custos: custo marginal, custo médio, custo fixo e custo variável. De tal forma a trazer competitividade ao produto nacional, em preço e em qualidade.

Para conseguir isso é investir em Ciências, em Tecnologias, em Educação Nacional para elevar o padrão de produtividade dos produtores, da mão-de-obra, da infraestrutura, em novas fontes de energias, em novas máquinas, em novas tecnologias, em logística, em novas plantas produtivas, em novos produtos, em novos processos de produção, etc.

Elevar impostos de importação de bens importados, não irá trazer resultados, nem a curto prazo, tampouco a médio e longo prazos. O confronto traz prejuízos a todos. O único caminho razoável e inteligente é sentar numa mesa de negociações, tratando produto a produto, país a país.

Por tudo isso, as medidas unilaterais tomadas pelos EUA não resultarão em sucesso. Ao contrário, terão fracassos a todos. Aos EUA, México, Canadá, Brasil, China e outros países que forem afetados pela Guerra Comercial promovida por Donald Trump.

 

 

 

 

Roberto Kawasaki é economista pela FEA-USP, Professor da FACCAT, Delegado do Conselho Regional de Economia – SP e colunista da Rádio Cidade, Tupacity e Diário .

HUM TUPÃ

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Roberto Kawasaki

Roberto Kawasaki é economista pela FEAUSP, Professor dos cursos de Administração, Sistemas de Informação, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Engenharia de Produção da FACCAT, articulista do Jornal Diário e do TupaCity.com

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